Todo relacionamento contém vários elementos em jogo, da história de vida ao temperamento de cada um, passando pelo comportamento, encontros e desencontros de cada um que forma o casal, afinidades e não afinidades e assim por diante… E da mesma forma que há uma variedade de elementos envolvidos, há também possibilidades de novos acordos e desacordos. A questão não é evitá-los, mas ter capacidade de lidar com eles quando aparecem. Isso pode significar tanto solucioná-los como decidir que vale a pena conviver com eles de uma nova forma, de uma nova maneira de enfrentar as situações e a relação a dois.

Existem diferenças entre terapia individual e a terapia do casal. Quando o casal está em terapia, todo o conteúdo desenvolvido nas sessões fazem parte do contexto de vida deles, o que é diferente da terapia individual quando o paciente apresenta conteúdos íntimos, inclusive devaneios que passam pela cabeça, fantasias, sonhos, etc. Mas quando a sessão é dividida, algumas questões podem ser mantidas do lado de fora – e até devem.

A privacidade e questões delicadas são sempre respeitadas, mesmo o que se fala no divã individualmente, se houver sessões só com um dos parceiros, não é compartilhado na conversa a dois sem autorização. Desta forma, o casal em terapia pode desenvolver novas habilidades para lidar com importantes questões frente ao desafio de se refazer na relação, lembrando que todo o processo terapêutico é uma jornada de experiência e aprendizagens únicas que podem auxiliar na vida afetiva que não é um mar de rosas!